sexta-feira, 2 de março de 2012

É TEMPO DE QUARESMA

A duração da Quaresma, 40 dias, é baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. É um número de expectativa, de preparação e de prova. Na Bíblia caracteriza as intervenções sucessivas de Deus: Davi, como Saul, reina 40 anos; o dilúvio durou 40 dias; Moisés serviu a Deus no Monte Sinai durante 40 dias; durante 40 anos Moisés conduziu o povo de Israel na peregrinação pelo deserto até chegaram à Canaã; Jesus passou 40 dias no deserto e apareceu ressuscitado durante 40 dias etc.

Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia dos domingos, somos convidados para fazer um esforço para recuperar nosso estilo de vida para viver realmente como filhos de Deus.

A cor litúrgica deste tempo é roxa, que significa luto e penitência. É tempo de reflexão e de conversão espiritual em preparação para o mistério pascal. Cerca de duzentos anos após a morte de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da páscoa com três dias de oração, meditação e jejum.

Por volta do ano 350 d.C, a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma. Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude do mistério pascal do Senhor.

 A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. A liturgia da Quaresma insiste: o pecado não é irreparável. Para os que crêem, existe volta conversão, perdão e salvação. Jesus não veio para condenar, mas para salvar. Ele é a luz que penetra nossas trevas. Para o cristão é importante viver o espírito da Quaresma que consiste numa mudança de vida, com mais oração, caridade, penitência e jejum.

A Conferência dos Bispos do Brasil promove este ano, durante a Quaresma, a Campanha da Fraternidade, com o tema “Fraternidade e a saúde pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38, 8), e cuja finalidade principal é sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. É uma realidade que clama por ações transformadoras.

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